quinta-feira, 31 de março de 2011

Sociedade BURRA!


A cena que vi hoje foi no mínimo frustante, que me deixou muito reflexivo e com uma sensação de impotência terrível. Entro no micro-ônibus em direção a minha casa, com meu fone de ouvido, sem ouvir absolutamente nada do mundo, estava com meus pensamentos bem longe daqui. E assim, observava as pessoas, e uma delas me chamou a atenção. Um rapaz aparentemente jovem, com seus 25 anos, vestido de trapos e um chinelo sujo, negro, entrou no ônibus e começou a falar, não entendia o que ele dizia, até o momento dele chorar. Quando ele falou o termo "passagem", peguei dois reais na minha carteira e me dirigi até a cobradora e ele olhou pra mim e disse: "Não é essa passagem, é uma de eu ver minha mãe.". Eu fiquei sem reação, e logo ele voltou dizendo "alguém pode ajudar a ver minha mãe? Pelo menos antes dela ir pro caixão". Não sabia o que fazer, fiquei impotente, me deixei levar pela alienação. Eu não consegui ajudar-lô, tão pouco me levantar novamente para ir ao meu assento. Ele desceu logo em seguida e a sua expressão não era das melhores.
Então eu fiquei reflexivo por um tempo e comecei a questionar sobre a sociedade, sobre as pessoas, do modo que vivemos. Somos condicionados a sermos egoístas, não conseguimos mais viver se não houver uma necessidade a ser saciada. Porque eu tenho que estudar em colégio particular para ter uma oportunidade de entrar em uma universidade "pública"? Porque o conhecimento que eu tenho, outras pessoas não tem? Quem inventou a necessidade do dinheiro? Porque os cristãos não conseguem amar o próximo como amam a si mesmo? Afinal, qual é a finalidade disso tudo? Eu tenho que estudar para ter dinheiro, eu tenho que trabalhar para ter dinheiro, eu tenho que mendigar para ter dinheiro, tenho que matar para ter dinheiro, tenho que me prostituir para ter dinheiro. Que merda de sociedade BURRA, INSENSÍVEL, HIPÓCRITA! Miserável é aquele que só consegue enxergar a si, que busca saciar uma necessidade que nem foi ele que criou, reza ou dá esmola achando que irá resolver os problemas dos outros.
Me questiono também quando professores me falam "se você passar na UnB, o mérito é seu!". Experimente então ser uma pessoa incapacitada de andar, se você usar a cadeira de rodas, não é mérito seu conseguir locomover-se, será da cadeira que possui rodas. SEMPRE precisamos das pessoas, principalmente quando se trata de algum objetivo, é muito egoísta dizer que a conquista é só de quem conquistou. O mérito são das pessoas que me ajudam, que estão sempre próximos.
Do surgimento de um indivíduo até sua morte, ele está condicionado a ficar com seu pensamento egoísta imposto pelo sistema que vive. Realmente seremos HUMANOS quando percebermos a importância do coletivo. De se preocupar de fato com o próximo, de resolver problemas sociais, quando for absurdo pensar que existem cães com melhores condições de vida do que muita gente.

"O tempo é o campo do desenvolvimento humano"
Karl Marx

quinta-feira, 10 de março de 2011

E a nova filosofia de vida...




Depois de um mês, ele surge das cinzas como a Fênix, totalmente renovado, e voando bem alto! Esse tempo longe do teclado me deixou a pensar nos textos que postaria aqui, e resolvi postar hoje, porque "o ano só começa quando termina o carnaval", vale ressaltar também o dia internacional da mulher que foi nessa semana, parabéns a todas vocês, de tanta luta e preconceito, o mínimo era fazer essa homenagem, e querer que um dia, não precisar comemorar isso, nem dia da mulher, nem da consciência negra, nem de qualquer coisa que leve a segregação mas isso é uma outra história, ainda terá um post sobre isso!
Quero chamar a atenção de vocês sobre alguns acontecimentos que me ajudaram ainda mais a crescer como humano, ser pensante e extremamente complexo. Resolvi jogar fora a moralidade, estou vivendo cada dia como se fosse único, abrindo espaço para uma nova personalidade, mas para isso, tive que me resolver com muita gente, porque não posso querer ser alguém novo se eu não me resolver com o meu antigo. A maioria dessas pessoas me entenderam, outras nem tanto, mas fiz o que tinha que fazer. Após isso tudo, dei espaço a sentimentos que nunca havia sentido antes, das coisas mais ordinárias até as mais insanas, estou dando a oportunidade de sentir o gosto do veneno e do mel, faço ética sem moral porque não se vive de opiniões alheias, sentir a liberdade correndo em suas veias é uma sensação única, liberdade incondicional, sem depender de outro alguém.
Achei mais um elemento nessa incógnita cheia de variáveis, liberdade! É com ela que se decide tudo, estudar, dormir, correr, andar, transar, e todos os outros verbos no infinitivo. Infelizmente, em alguns casos, a liberdade anda junto com independência, é claro que não existe ninguém auto-suficiente em tudo, mas há uma grande interferência na liberdade das pessoas quando essa dependência afeta diretamente em suas escolhas, nos seus atos e em tudo que você possa imaginar. Mas existe liberdade para essas pessoas? Isso é muito relativo. Tem aquelas que por necessidade abrem mão da sua liberdade, existem outras que são reprimidas, há quem luta e quem espera, e outras infinitas possibilidades. Para elas, digo somente uma coisa, independente da forma de lidar com isso, não deixe de viver uma das melhores sensações do mundo, abrir mão da liberdade é abrir mão da sua vida.
Enfim, são inúmeras oportunidades que se tem com a liberdade, a escolha depende de cada indivíduo. E para terminar, Raul Seixas.