quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Insanidade

2 de Janeiro de 2013, 23:20 no horário de Brasília, imaginava-me fazendo qualquer coisa, menos está aqui na frente do computador, vomitando insanidades e delírios. Mas talvez, não teria outro momento se não esse, afinal, as coisas que irei escrever daqui para frente são reflexos de horas, dias, semanas, meses e anos atrás. Não é por você, leitor(a), que estou escrevendo, mesmo eu querendo que isso seja visto por muitas pessoas, mas é uma forma minha de me manter no controle, para que eu não pense que estou vivendo outro mundo paralelo, você é mera ferramenta minha dentro dessas palavras, e irei usá-lo para me tirar da minha própria loucura.
Solidão, covardia, medo, receios, problemas, morte, tantos assuntos abordados aqui, que continuam dando voltas nos mesmos pontos, a enfadonha e esquizofrênica repetição dos incômodos internos, a bipolaridade com as pessoas que amo, o antagonismo de querer e não querer ficar sozinho e principalmente, a tristeza e a revolta, sentimentos que estão explodindo por dentro, mas suaves por fora. O que esperar? O que fazer? Os altos e baixos sentimentais estão ficando cansativos, meu limite de sanidade já ultrapassou o que considero seguro, não sei até onde chegarei com isso. Está procurando algum sentido nisso, leitor(a)? Ou seria eu tentando procurar algum? Sou quase um dadaísta, pelo menos por hoje, pois é algo que se assemelha o que estou sentindo. Enfim, ainda tenho alguma lucidez que me permite socializar e me manter, por breves momentos, no meu disfarce. Essa lucidez é uma mentira verdadeira, com isso, perambulo por esse tecido social de tal maneira que para aqueles que me veem, possam deduzir por estereótipos a minha vida. Mas, até onde essa lucidez aguenta? A base emocional que construí com as pessoas me parece o suficiente para me manter bem, mas, como qualquer outra coisa na vida, ela está sujeita a efemeridade, e é isso que tenho medo, pois na solidão, não há saída a não ser você mesmo. E esse sofrimento por antecipação as vezes entra como uma bala no meu cérebro, estourando meus miolos a cada vez que me pergunto “o que vai ser de você se eles forem embora?”. Talvez seja a principal causa de me manter revoltado, seria uma tentativa de criar alguma independência emocional na marra, mas em vão. BUUM! Mais uma vez, perdido nos mesmos problemas mal resolvidos. Já ficou completamente louco na frente do espelho sendo ácido consigo mesmo, caro leitor(a)? Já teve medo de ficar só com você mesmo? O que você faria se o seu reflexo te enojasse? Você carrega suas dores? Suas ladainhas lhe incomoda? Consegue sentir a intensidade das palavras que arremesso aqui mesmo não fazendo muito sentido? Espero que não, pois você não teria boas noites de sono.
Confuso, complexo e sozinho. Atirei-me nas minhas psicoses, mesmo elas me fazendo dores, mas são essas dores que me permitem forças. Elas são minha munição contra o mundo e quem puxa o gatilho é a raiva. As vezes atiro em inocentes, que nada tem a ver com isso, mas por estarem ligados a mim, também sofrem com as “balas perdidas” e está exatamente aí a linha que separa minha lucidez da loucura, o amor aos “inocentes”. Metáforas. Até agora, estou procurando algo concreto para lhe passar, mas sinto muito, estou brincando com a minha e sua necessidade de procurar coesão em tudo que vê, afinal, é essa diversão para quem perde a sanidade, fazer pelo menos um pouco você perder a sua. Mas faça silêncio, escute a gargalhada do louco que está aí dentro, pronto para soltar as piadinhas de mau gosto sobre você. Sinta seu louco invadindo sua mente, tomando aquelas decisões que você nunca teria coragem de tomar, jogando na sua cara seus defeitos, lhe atirando contra a parede, puxando seus cabelos. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARGH!, O grito desesperado de um louco. O que ele quer? O que você quer? O que eu quero? Saciá-lo apenas, para que não lhe incomode durante algum tempo. Eu só espero que não seja tarde demais para equilibrar novamente minha insanidade e minha lucidez, mesmo que seja libertador continua liberta a dor. Por fim, não escute-se demais leitor, você pode descobrir uma outra pessoa.

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